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Introdução

O homem em sociedade :

  • Como seria viver sem o contato com outras pessoas ?
  • O que mudaria na sua forma de pensar e viver ?

“Podemos entender a sociedade como uma integração entre duas ou mais pessoas, que buscam, conjuntamente, alcançar metas comuns”. (FIPECAFI: 1996)

Definir a partir do espaço geográfico.

Sociedade familiar (matrimonial) / Profissional / Lazer / Religiosa…

“ De um jeito ou de outro, todos convivemos com outras pessoas e, para realizar nossos desejos e satisfazer nossas necessidades, fazemos uso das relações sociais. (…) interagimos com outras pessoas (…)desenvolvemos relacionamentos específicos com determinadas pessoas para também alcançar objetivos. Assim, podemos dizer que o homem participa de várias sociedades ao mesmo tempo, em diferentes níveis e tipos, dos objetivos e interesses que mantém a sua sobrevivência”.

Relacionamento baseado em objetivos: individuais e/coletivos.

Conflito

Possuímos valores diferentes…o que é certo ? O que é errado ?

O que são valores socialmente (moralmente) aceitáveis ?

Aristóteles

Ética de Aristóteles

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi o primeiro filósofo a tratar da ética como uma área própria do conhecimento, sendo considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia.

A ética (do grego ethos, ”costume”, “hábito” ou “caráter”) para Aristóteles a ética está diretamente relacionada com a ideia de virtude (areté) e da felicidade (eudaimonia).

Para Aristóteles, tudo tende para o bem e a felicidade → é a finalidade da vida humana. Entretanto, a felicidade não deve ser compreendida como prazer, posse de bens ou reconhecimento. A felicidade é a prática de uma vida virtuosa.

  • Virtude : “tem sua origem no latim virtus e, em sentido ético, significa uma qualidade positiva de um indivíduo que o motiva a agir de forma a fazer o bem para si e para os outros”.

Sócrates

conhece-te a ti mesmo – uma vez alcançado tal conhecimento, o homem teria uma percepção das virtudes, o que permitiria uma atuação política e social correta. A ética partia de uma convicção pessoal (através da consulta ao demônio interior)

Platão

Considerava a virtude como inata, uma qualidade que o indivíduo traz consigo ao nascer e, portanto, não poderia ser ensinada.

Aristóteles

As virtudes poderiam ser aprendidas e deposita as questões centrais da ética no caráter dos indivíduos. Afirmava que o bem para o homem seria uma atividade da alma e em conformidade com certas virtudes. Na ética, afirmou que o fim indiscutível da ação humana é a felicidade e é tarefa da ética averiguar como se chega a esse fim. As virtudes são atributos ou qualidades que o ser humano deve cultivar para chegar a ser feliz (Aristóteles).

Aristóteles faz uma distinção importante entre as determinações da natureza, sobre as quais os seres humanos não podem deliberar e as ações frutos da vontade e de suas escolhas.

Para ele, os seres humanos não podem deliberar sobre as leis da natureza, sobre as estações do ano, sobre a duração do dia e da noite. Tudo isso são condições necessárias (não há possibilidade de escolha).

Virtudes:

São hábitos, adquiridos disciplinarmente, que predispõe as pessoas para agir bem.

As virtudes não são inatas…. Adquire-se (educação / motivação / sociedade)

O homem virtuoso faz-se/ constrói-se (na própria relação com o outro e com ele mesmo)

“A virtude mantém a pessoa no campo do bem: ajudar o próximo, ser cordial, ser justo, generoso, paciente, cumprir com os compromissos…e com os deveres”

São 4 (quatro) as virtudes principais (primárias)… Onde se constrói a vida moral :

Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança

Prudência

é aquilo que orienta as pessoas para agir em cada situação, da melhor forma. É conhecer todas as formas (circunstâncias) dentro das quais devemos agir.

A prudência exige: “percepção das situações concretas; considerar todas as circunstâncias, estabelecer conexões entre os dados; ordenar os meios; prever o futuro; evitar inconvenientes”.

Justiça

A justiça busca uma harmonia entre as pessoas, uma distribuição, um equilíbrio… A justiça faz se referência ao outro. Pressupõe que o ser humano não está sozinho na Terra, mas coexiste com outros – e os outros têm seus direitos. A justiça pressupõe, portanto, alteridade, isto é, que há outro, o qual tem seus direitos.

Fortaleza

“A Fortaleza (coragem) é uma disposição da vontade que leva a não desistir do esforço necessário para fazer o bem ou para resistir ao mal”.

Temperança

“… É a virtude moral que nos dispõe a moderar a procura do prazer”.

Manter o equilíbrio… Afastando-se de tudo o que constitua excesso… Moderação.

  • Deriva-se daí (virtudes) a importância da promoção de hábitos sociais através dos quais se desenvolva nas pessoas um modo de ser maduro e que se convertam na fonte principal de seu agir moral.

Aristóteles dividiu as virtudes em

éticas (morais)

dianoéticas (não morais/intelectuais)

  • As virtude éticas (morais) : se constroem / se constitui pelo exercício (constante) do hábito – justiça, temperança, honestidade, lealdade, fidelidade.
  • As virtudes dianoéticas (não morais/intelectuais) : são obtidas pelo ensinamento. Coragem (Fortaleza), a sapiência, a prudência.

(os dois grupos se apoiam mutuamente)

“ O homem virtuoso seria aquele capaz de refletir e escolher sobre o que é mais adequado para a sua vida e para os outros com quem convive em sociedade, sempre movido por uma sabedoria prática que busca encontrar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência”.

E hoje, dado o avanço cientifico e as transformações na sociedade, como se daria esta incorporação de hábitos pelos indivíduos ?

Jean Piaget (1896 – 1980)

  • observou quatro (4) etapas que fazem parte da consciência moral dos indivíduos.
  1. Anomia
  2. Heteronomia
  3. Socionomia
  4. Autonomia

Anomia : (negação da lei / regra)

“É a etapa do comportamento puramente instintivo, que se orienta pelo prazer e foge da dor e não consegue correlacionar suas atitudes às normas morais. Um adulto em estado de anomia, por exemplo, agiria puramente pelo prazer que sua ação lhe causa sem qualquer preocupação ou respeito com as pessoas afetadas pela sua atitude. Não apresenta qualquer senso de responsabilidade e respeito, nem por si, nem pelo outro ou pelo patrimônio público.”

Heteronomia: (lei estabelecido por outros)

“ Pode se dizer daquela pessoa que observa as leis, as regras, apenas para não ser punido, mas não como um conceito interiorizado e aceito como verdadeiro e necessário”.

Socionomia : (lei interiorizada pelo convívio social)

“os critérios morais vão se firmando por meio das relações com os outros. Vamos interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação, respeito e justiça. OU seja, começamos a não fazer com os outros o que não gostaríamos que fizesse conosco”.

Autonomia : (por si mesmo / lei própria)

Interiorização das normas morais e (o momento em que) nos comportamos a partir ( e de acordo) com as normas.

Adolfo Sanches Vãzquez

Situações onde nos defrontamos com a necessidade de pautar o nosso comportamento por NORMAS que julgamos mais apropriadas e/ou mais dignas de serem cumpridas.

De acordo, com estas NORMAS de comportamento, os indivíduos julgam os nossos atos mais apropriados ou mais dignos de serem cumpridos.

Para o autor

“o comportamento humano prático-moral, ainda que sujeito a variação de uma época para outra e de uma sociedade para outra, remonta até as próprias origens do homem como ser social”.

Reflexão

Portanto, a necessidade de REFLETIRMOS sobre estes comportamentos.

Este processo de REFLEXÃO sobre este comportamento prático, dá-se a passagem do plano da prática moral para o da teoria moral, ou seja, da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa.

Esta passagem, do campo prático para o campo teórico, nos leva a ética (ou problemas teóricos-morais).

Problema

Para Vãzquez, o problema da essência do ato moral, levanta um outro problema importante: RESPONSABILIDADE.

“É possível falar em comportamento moral somente quando o sujeito que assim se comporta é responsável pelos seus atos, mas isto, por sua vez, envolve o pressuposto de que pôde fazer o que queria fazer, ou seja, de que pôde escolher entre duas ou mais alternativas, e agir de acordo com a decisão tomada”.

Weber: Ética da Convicção e da Responsabilidade

Para Vãzquez

“não se pode confundir a ética e a moral”.

“A ética não cria a moral”.

“toda moral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade”.

“A ética procura determinar a essência da moral” (p. 12)

Definição

“a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano”.

Qual o objeto da ética: o setor da realidade humana – MORAL (p.13)

“A ética é a ciência da moral, isto é, de uma esfera do comportamento humano.

“A moral não é ciência, mas objeto da ciência; e, neste sentido, é por ela estudada e investigada. A ética não é a moral e, portanto, não pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescrições; sua missão [ da ética] é explicar a moral efetiva e, neste sentido, pode influir na própria moral”.

  • Ética = ciência específica, estuda a moral.
  • Moral = objeto da ética, conjunto de normas e prescrições.

“Ambas as palavras (Ética e Moral) mantém (…) uma relação que NÃO tinham propriamente em sua origens etimológicas. Certamente, moral vem do latim ‘mos’ ou ‘mores’ (costume ou costumes = conjunto de normas ou regras adquiridos por hábito).

A moral se refere, assim, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem.

Ética vem do grego ‘ethos’, que significa analogamente “modo de ser” ou “caráter” enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo homem”.

  • Ética = modo de ser ou caráter.
  • Moral = costume ou costumes.

Assim , para Vãzquez, Ética (ethos) e moral (mos) assentam-se num modo de comportamento que não corresponde a uma disposição natural, mas que é adquirido ou conquistado por hábito.

Moral

“conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos numa comunidade social dada, o seu significado, função e validade não podem deixar de variar historicamente nas diferentes sociedades”.

As morais concretas, efetivas, se sucedem e substituem uma as outras.

A moral é um fato histórico… E devemos considerá-la como um aspecto da realidade humana mutável com o tempo.

O homem é um ser histórico, isto é, “um ser cuja característica é a de estar se fazendo ou se autoproduzindo constantemente tanto no plano de sua existência material, prática, como no de sua vida espiritual, incluída nesta a moral”.

Origens da Moral

“A moral só pode surgir – e efetivamente surge – quando o homem supera a sua natureza puramente natural, instintiva, e possui (já) uma natureza social: isto é, quando já é membro de uma coletividade”.

“(…) a moral exige necessariamente não só que o homem esteja em relação com os demais, mas também certa consciência – por limitada e imprecisa que seja – desta relação para que se possa comportar de acordo com as norma ou prescrições que o governam”.

Curiosidade

Alonso, Lópes e Castrucci, “Curso de Ética em Administração : Empresarial e Pública” Atlas, 2012.

“A palavra ética deriva do grego ethos, que significa costume. Em latim, os costumes do povo designam-se com a palavra mos, moris; dele deriva a voz moral. Por isso, do ponto de vista etimológico, pode-se falar indistintamente de ética ou de moral. (…)”.

  • Grego – ethos (ética) = costume.
  • Latim – costume = mos, mores (moral).

“Ambos os termos ética e moral, costumam ser usados como adjetivos de uma conduta: diz-se moral ou ética a conduta boa, e imoral ou antiética a conduta má”.

Porém : (reafirmam a visão de Vãzquez)

Quanto… Ao uso atual dos termos ética e moral, predomina a corrente de utilizar:

  • o primeiro (ética) para denominar a ciência ou a filosofia da conduta humana.
  • o segundo (moral) para se referir a qualidade da conduta humana.

“Ética é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com vistas à felicidade. É a ciência que estuda a vida do ser humano, sob o ponto de vista da qualidade da sua conduta. Disto precisamente trata a Ética, da boa e da má conduta e da correlação entre boa conduta e felicidade, na interioridade do ser humano. A Ética não é uma ciência teórica ou especulativa, mas uma ciência prática, no sentido de que se preocupa com a ação, com o ato humano”.

“vemos, pois, que o significado etimológico de moral e de ética não nos fornecem o significado atual dos dois termos, mas nos situam no terreno especificamente humano no qual se torna possível e se funda o comportamento moral: o humano como o adquirido ou conquistado pelo homem sobre o que há nele de pura natureza. O comportamento moral pertence somente ao homem na medida em que, sobre a sua própria natureza, cria esta segunda natureza, da qual faz parte a sua vida moral”. (Pg. 14)

Qual a finalidade da ética ?

Para Aristóteles

é a felicidade ! (viver bem… Agir bem !)

“Assim, praticar a ética é o meio, o único meio para alcançar a felicidade. Esta é a finalidade da Ética. Ela nos oferece o caminho para alcançar uma vida moralmente boa e, através dela, a felicidade. Ser feliz é resultado do hábito do bem agir”.

Epicuro

“Nenhuma teoria é válida se não possuir um objetivo moral… A finalidade da ética consiste em propiciar a felicidade dos homens, de modo que essa possa libertá-lo das mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais, quer sejam causadas por motivos religiosos”

“A felicidade é alcançada por meio do controle dos medos e dos desejos, de maneira que seja possível chegar [a um estado de prazer estável e equilíbrio] e consequentemente, a um estado de tranquilidade e a ausência de perturbações… Há ´prazeres maus e violentos, decorrentes do vício e que são passageiros, provocando somente insatisfação e dor. Maas também há prazeres decorrentes da busca moderada da Felicidade”.

Humildade como alternativa / saída para uma boa saúde da “alma”.

  1. Não se deve temer os deuses.
  2. Não se deve temer a morte.
  3. O Bem não é difícil de alcançar.
  4. Os males não são difíceis de suportar.

Roger-Dol Droit

De onde vem a palavra ética?

Vem da Grécia Antiga, Éthos, que significa “habitat” (habitar o mundo).

  • Caráter: “a maneira como ela ‘habita o mundo’ em função das suas disposições naturais”.
  • Costumes: “as maneiras de se comportar numa determinada sociedade, numa determinada época”.

“à maneira como vivem os homens, os costumes que observam, os tipos de regras que seguem, as leis as quais vivem”.

Ética está relacionada Ethiké é o adjetivo é éthos = compotamento ; maneir de se comportar.

Ética (para os gregos) : uma forma de conhecimento que diz respeito aos comportamentos.

2 olhares

  • descrever: como as pessoas se comportam numa determinada região, em um determinado povo ou numa determinada tribo.
  • como se comportar da melhor forma possível: “Tenta determinar quais são os “bons” comportamentos e quais são os “maus” comportamentos. (ÉTICA NORMATIVA)

Observação

  • Ética Normativa: Preocupa-se com a prescrição de normas e valores sobre o que deve ser considerado certo ou errado, justo ou injusto. Ela busca estabelecer padrões éticos que orientem o comportamento humano.
  • Ética Descritiva: Foca-se em descrever e analisar as normas e práticas éticas que as pessoas realmente seguem em diferentes culturas e sociedades, sem julgar se são certas ou erradas.

“Trata-se portanto de fazer julgamentos morais sobre os comportamentos, de discernir os que são os portadores de valores positivos daqueles que, pelo contrário, são amorais ou antimorais, portadores de perigos ou valores destrutivos”.

Ética e Moral são as mesmas coisas ?

SIM e NÃO

Os gregos na antiguidade usavam o termo “ética” para designar o que se refere aos comportamentos de uma coletividade ou de um indivíduo, o que é relativo aos costumes, bons ou maus, dos seres humanos num determinado momento.

Os romanos (Cícero) tomou o equivalente latino de éthos, ou seja, mos (mores) = modo(s) e costume(s) = moralia (dados morais)

Moral = Ética

“Ética e moral se preocupam indistintamente com os valores e essencialmente com o bem e o mal, refletem identicamente sobre os fundamentos dessas distinções, indagam similarmente como discernir e como aplicar as regras fundamentais”.

Qual a diferença?

  • O termo moral está “reservado ao tipo de normas e valores herdados do passado e da tradição, ou então da religião“. “…especializou-se mais ou menos no sentido daquilo que é transmitido como código de comportamentos e juízos já constituídos, mais ou menos cristalizados”. (PRÁTICA)
  • Ética, é empregado “principalmente para os campos em que as normas e regras de comportamento estão por ser construídas, inventadas, forjadas por meio da reflexão que é geralmente coletiva”. (TEORIA)

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Atualmente

Moral

O termo “moral” tem sido, frequentemente, entendido de forma pejorativa.

“Não me venha dar lição de moral ?”

O termo moral parece ter se tornado um termo pesado, enfadonho, penoso, inútil.

“Evoca reprimendas e coerções, anuncia preceitos que parecem rígidos e caducos”.

Ética

“ (…) o termo “Ética” passou a ser utilizado, numa época recente, para falar daquilo que está por ser inventado no domínio da moral. A ética se tornou o nome da moral envias de se fazer, de se buscar, em particular a respeito de assuntos novos”.

Ex: o casamento homossexual.

Real problema

“Mas é preciso ter consciência de uma coisa: todos esses debates, cada vez mais numerosos e que no futuro se multiplicarão ainda mais, estão ligados ao fato de nossa época já não vive sob a influência de uma moral dominante capaz de reger tudo. Pelo contrário, o que domina, na maioria das vezes, são dúvidas sobre as regras a seguir, perplexidades sobre os princípios a serem aplicados”.

Reflexão

Negação da reflexão: A verdade já é dada, presente, conhecida. Não está para ser elaborada ou construída.

O que caracteriza a construção da ética (moral) é a capacidade de reflexão.

Afinal, de que trata a ética ?

“De todos os nossos atos ! Desde as pequenas ocupações do dia a dia até as grandes decisões que tomamos apenas raramente na vida”.

De onde vem a ética ?

  1. Da perspectiva religiosa.
  2. Da perspectiva filosófica.
  3. Da realidade humana

Max Weber

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